O BRB e o Flamengo, time de maior torcida do mundo, firmaram uma parceria para lançamento de um novo Banco Digital. O projeto conjunto vai envolver a comercialização de cartões, seguros e abertura de conta digital, e está em linha com o planejamento estratégico de expansão nacional do BRB.
“A parceria com o Flamengo, time com marca de força global, vai permitir ao BRB diversificar seus negócios, expandir sua base de clientes e ampliar a atuação nacional tanto na forma de presença física quanto digital”, afirma o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.
A parceria estratégica entre o BRB e o Flamengo prevê a oferta de soluções bancárias, de investimento, de seguridade, de meios de pagamento e de relacionamento, além de marketplace digital (Banco Digital) de produtos e serviços direcionados aos torcedores do Flamengo.
Os torcedores do Clube vão ter acesso a um atendimento bancário em plataforma digital com produtos de identidade personalizada, programa de relacionamento e de experiências exclusivas, além de atendimento nos canais físicos.
Por isso, a parceria também prevê a instalação de uma unidade de atendimento do BRB nas dependências do Clube para atendimento a atletas, torcedores e empregados do Flamengo.
O BRB terá ainda direito exclusivo de pagamento da folha salarial do clube, preferência na contratação, por parte do Flamengo, de produtos e serviços bancários como empréstimos, cartões e seguros.
Em contrapartida, o Flamengo terá participação nos resultados alcançados com a comercialização de produtos e serviços, o que vai gerar aumento de receita ao clube.
O contrato entre o BRB e o Flamengo tem 36 meses de duração e permite a criação de uma nova empresa no futuro.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do BRB
Brasília (DF), 04/05/20. Sara Winter e grupo 300 do brasil na frente da polícia federal. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Por Mirelle Pinheiro
Os advogados da ativista divulgaram nota afirmando que ela estava sendo alvo de ameaças de morte
A militante Sara Giromini, que se identifica como Sara Winter, líder do grupo bolsonarista 300 do Brasil, teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias. A decisão é do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi proferida na tarde desta sexta-feira (19/06). A Corte também estendeu, pelo mesmo período, a detenção preventiva da igualmente militante bolsonarista Érica Viana de Souza.
Na noite dessa quinta-feira (18/06), a ministra do Supremo Cármen Lúcia também negou um habeas corpus impetrado pela defesa de Sara.
Como revelado pela coluna Grande Angular, do Metrópoles, os advogados da líder do 300 do Brasil divulgaram nota na qual afirmam que ela estava sendo alvo de ameaças de morte. Segundo eles, os ataques viriam de dentro da penitenciária feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, onde a militante está presa.
De acordo com o texto assinado pelos defensores, Sara informou ao delegado responsável sobre as intimidações. As supostas ameaças também constam em petição apresentada a Cármem Lúcia, relatora do habeas corpus que pedia a soltura imediata da ativista.
Sara foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ameaçar o ministro Alexandre de Moraes nas redes sociais. Ela disse que transformaria a vida do ministro em um “inferno” após ela ser incluída no inquérito das fake news.
Em oitiva, a bolsonarista ficou calada ao ser questionada sobre o motivo das ameaças e negou participação no ato que envolveu a queima de fogos em direção ao prédio do STF.
De acordo com a defesa da ativista, Sara teria agido “pelo calor do momento” ao disparar contra Moraes. As ameaças foram feitas minutos após a chegada da PF à casa da bolsonarista, no cumprimento de um mandado de busca e apreensão no inquérito contra as fake news.
Rotina na Colmeia
Na terça-feira (16/06), outros três integrantes do grupo liderado por Sara também foram presos, incluindo Érica. Eles estavam na mira da PF desde segunda-feira e tiveram a prisão pedida com a de Sara.
Nessa quinta-feira (18/06), Sara Winter completou 28 anos. Na Colmeia, a militante está em uma cela individual e não teve contato com as demais presas. Ela também passou por testes para diagnosticar o novo coronavírus, que deram negativo.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seap), as internas Sara Fernanda Giromini e Érica Viana de Souza chegaram à penitenciária feminina do Distrito Federal na tarde de 17/06, oriundas da Polícia Federal para cumprimento de prisão temporária.
“Como toda recém-ingressa, foram entrevistadas, passaram por revista corporal e receberam orientações (cartilha da custodiada). Foi entregue kit de higiene pessoal (sabonete, papel higiênico, absorvente higiênico, escova e creme dental, sabão em pó, repelente, desodorante, etc) e, ainda, enxoval composto por agasalho, colchão, coberta, sandálias, camisetas e short de uniforme”, informou a Seap, em nota.
Na tarde dessa quinta, ambas passaram por atendimento de equipe multidisciplinar, composta por profissionais de saúde. “No acolhimento, passaram por triagem com assistente social e psicóloga. Realizaram também avaliação odontológica e clínica, com aferimento de pressão arterial, glicemia, sorologias (HIV, Sífilis, Hepatites B e C) e teste rápido pra Covid-19”, detalhou o texto.
Conforme a Seap, os atendimentos seguem o padrão da Penitenciária Feminina para o recebimento de qualquer custodiada e para cumprimento de todo tipo de prisão.
MP de Bolsonaro libera times mandantes para negociar diretamente direitos de transmissão de seus próprios jogos
O Presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória que fere de morte o monopólio das transmissões esportivas no Brasil, em especial o grande peso que a Rede Globo tem nas negociações com clubes esportivos, como times de futebol.
A Medida Provisória 984, publicada nesta quinta-feira (18) pelo governo federal numa edição extra do Diário Oficial, prevê que clubes mandantes sejam donos dos direitos de transmissão da partida. Antes, a transmissão de jogos só poderia ser feita por uma emissora que tivesse negociado com ambos os times participantes. A MP também atribui para os atletas que jogam na partida os 5% dos valores das transmissões que antes eram destinados a sindicatos de jogadores.
A medida foi publicada um dia após encontro do Presidente Jair Bolsonaro com dirigentes do Flamengo, que anda em pé de guerra com a Globo desde 2019, sobre a transmissão dos jogos rubro-negros no campeonato carioca. Os jogos do time carioca não seriam transmitidos pela Rede Globo, em razão da falta de entendimento com o time. Agora, o Flamengo pode vender os direitos de transmissão dos jogos onde é mandante para outro canal de televisão ou até mesmo para a Amazon, ou Netflix.
Na prática, a MP altera os artigos da Lei Pelé (9.615) que tratam da transmissão de eventos esportivos. Agora, o clube pode negociar por conta própria os direitos de transmissão das partidas realizadas sob o seu mando “por qualquer meio”. Ou seja, além de canais de televisão, os times poderão negociar as transmissões de seus jogos em plataformas de streaming, Youtube etc., eliminando intermediários como as federações estaduais de futebol.
A rede Globosat, detentora dos direitos de transmissão do Brasileirão 2020, negocia com os clubes em conjunto. Mas agora cada clube pode vender os direitos por conta própria.
A MP também libera clubes a contratarem jogadores pelo período de um mês, para ajudar na readequação dos times ao período pós-pandemia.
Governadores de vários estados acenderam o sinal de alerta depois de receberem avisos, mesmo que cifrados, de que, se os policiais militares tiverem de escolher entre eles e Jair Bolsonaro, ficam com o presidente da República. Do mais alto ao menor cargo, as PMs estão fechadas com a linha bolsonarista. O clima mais belicoso entre governadores e PM está em São Paulo. São muitas as manifestações públicas de que os policiais militares estão contra o governador João Dória. Em mensagens que circulam pelas redes sociais, os policiais sustentam uma série de ataques a Doria, chamado de “traidor” e “incompetente”. “Com certeza, o índice de apoio a Bolsonaro é maior nas PMs do que na Forças Armadas, para as quais todos ficam olhando”, diz um assessor do presidente da República. “As PMs, certamente, farão o que o presidente pedir. Não há dúvidas disso”, acredita.
A Executiva Estadual do Partido Socialista Brasileiro em Pernambuco, reunida remotamente, aprovou de forma inédita uma resolução determinando que as convenções municipais do partido para as eleições 2020 sejam feitas pela internet, respeitando os protocolos de saúde do governo estadual.
Acompanhando determinação da executiva nacional, o PSB em Pernambuco também definiu que será proibido o apoio a candidatos que defendam o governo Bolsonaro, com a possibilidade da candidatura ser anulada em caso de desacordo com as orientações político-eleitoral do partido.
“É inadmissível que, com tantas demonstrações antidemocráticas por parte do presidente da república e seus seguidores, nossos aliados apoiem a extrema direita”, afirmou Sileno Guedes, presidente estadual.
Os socialistas também aprovaram por unanimidade que a base partidária dos municípios da região metropolitana do Recife e outros 40 municípios do interior, considerados polo de acordo com uma estratégia político-econômica para o Estado, deverão informar as escolhas dos candidatos para a executiva estadual antes das convenções, podendo ser aprovadas, alteradas ou anuladas. Entre os municípios estão Caruaru, Petrolina, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe, Serra Talhada e outros.
COVID-19 – Os membros da executiva também enfatizaram a importância das gestões do PSB, lideradas pelo Governador Paulo Câmara no Estado e pelo Prefeito Geraldo Júlio na cidade do Recife, na boa condução da luta contra o Covid-19. Foram através dessas gestões que Pernambuco se tornou referência no combate à pandemia no Brasil.
“Obtivemos dados bastante positivos e estamos otimistas com os resultados das ações que tomamos para proteger a população nesta quarentena mais rígida”, avalia Sileno.
Guedes ainda anunciou que serão distribuídas cartilhas com orientações jurídicas para os candidatos e garantiu apoio aos diretórios e comissões municipais no período das convenções e registro das candidaturas.
Participaram da reunião os prefeitos José Patriota, de Afogados da Ingazeira e presidente da AMUPE; Ângelo Ferreira, de Sertânia e Anchieta Patriota, de Carnaíba. O deputado federal Tadeu Alencar e os deputados estaduais Isaltino Nascimento, Simone Santana, Lucas Ramos e Aluísio Lessa, atualmente secretário de Ciência e Tecnologia, além demais membros da executiva e representantes dos segmentos, estiveram presentes na conferência.
Secretário Gustavo Do Vale Rocha. Allane Moraes Esp/Metrópoles
Por Isadora Teixeira
O advogado confirmou a informação na manhã desta quinta-feira. Ele ocupará a função no lugar de Valdetário Monteiro, que pediu exoneração
Gustavo Rocha confirmou, na manhã desta quinta-feira (18/06), que vai assumir a chefia da Casa Civil do Distrito Federal.
Rocha ocupou o cargo de ministro dos Direitos Humanos no governo de Michel Temer (MDB) e já atuou como secretário de Justiça e Cidadania do DF.
Após sair da Sejus-DF para dar lugar a sua esposa, a advogada e arquiteta Marcela Passamani, Rocha assumiu a função de chefe da Assessoria Especial de Estratégia do governador Ibaneis Rocha (MDB).
Rocha disse à coluna Grande Angular que a nomeação como secretário-chefe da Casa Civil deverá ser formalizada nos próximos dias. “Pedi uns dias para o governador para poder me organizar em outras atividades que tenho”, afirmou. “Não tive como declinar do convite”, destacou.
O advogado ficará no lugar de Valdetário Monteiro, que pediu exoneração do cargo na noite dessa quarta-feira (17/06).
Conforme revelado pela coluna, Valdetário, um dos mais próximos assessores de Ibaneis, resolveu voltar para a advocacia e deixar o dia a dia do GDF.
O colegiado formou uma maioria de 10 votos a 1 pela continuidade das investigações. Matéria é vista pelos magistrados como constitucional
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou, nesta quinta-feira (17/06), o julgamento que decidiu o destino do inquérito das fake news. A maioria do colegiado formou um placar de 10 votos a 1 pela validade e constitucionalidade das investigações.
Último ministro a votar, o presidente da Corte, Dias Toffoli, seguiu o voto do relator Edson Fachin, favorável ao seguimento das investigações. “Não podemos banalizar ataques e ameaças ao STF, guardião da Constituição da República”, disse.
Segundo Toffoli, o objetivo das campanhas de desinformação é a formação do caos. “Não nos enganemos”, enfatizou o ministro. “Por trás do aparente absurdo das fake news oculta-se uma lógica bastante sólida”, declarou. “A banalização do ódio é como se fosse um fungo: cresce e se espalha”.
Primeiro a votar nesta quinta, o ministro Marco Aurélio Mello foi a voz dissonante no Supremo neste caso e se posicionou contra a validade do inquérito das fake news. Para ele, “se o órgão que acusa é o mesmo que julga, não há garantia de imparcialidade”, avaliou.
“Inicialmente, esse inquérito foi coberto pelo sigilo. Receio muito as coisas misteriosas”, disse o ministro.
O decano da Corte, minitro Celso de Mello, seguiu o relator, formando o placar de 9 a 1 pela continuidade das investigações. “Nenhuma autoridade de Estado, por mais elevada que seja sua condição hierárquica, tem direito de transgredir uma decisão judicial”, afirmou.
Gabinete do ódio
O ministro afirmou que pronunciamentos que abusivamente extravasam a livre manifestação de ideias, e que se valem das fake news de um suposto “gabinete do ódio” – com insultos, ofensas e estímulo à intolerância e contra as instituições democráticas -, não merecem a dignidade da proteção constitucional que assegura a liberdade de expressão de pensamento.
Em 2019, o partido Rede afirmou que as investigações foram abertas de forma ilegal. Contudo, neste ano, após o ministro Alexandre de Moraes autorizar uma operação da Polícia Federal contra aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a legenda mudou de opinião.
Após a ação da Rede, o relator do caso, ministro Edson Fachin, negou o pedido e afirmou que o inquérito não pode ser extinto sem que antes seja julgado pelo colegiado. Com isso, enviou o processo para análise dos ministros da Corte.
Como votaram os ministros
Ao apresentar relatório, como o primeiro a votar, Fachin admitiu a possibilidade de o STF abrir investigações, por iniciativa própria, com base em regra do regimento interno. Ele se posicionou a favor da continuidade do inquérito das fake news.
Fachin disse que, no âmbito de competência investigatória, de modo algum podem se agasalhar práticas de violação à liberdade de imprensa e de expressão. Contudo, citou uma série de jurisprudências e de outros julgados que limitam o direito à liberdade de expressão, quando as informações são falsas e dolosamente propagadas.
“São inadmissíveis no Estado de Direito democrático a defesa da ditadura, do fechamento do Congresso Nacional ou do Supremo Tribunal Federal. Não há liberdade de expressão que ampare a defesa desses atos”, avaliou.
Após o voto de Fachin, a sessão foi encerrada e retomada nessa quarta-feira (18/06). Na ocasião, sete ministros seguiram o relator.
Moraes foi o primeiro a votar na sessão de quarta. O ministro seguiu o relator, Edson Fachin, e votou pela validade do inquérito. “Tenho absoluta convicção, não só do acerto jurídico, mas do acerto total do presidente Dias Toffli ao instaurar a portaria em defesa do Poder Judiciário. Da segurança dos ministros do STF, que simbolicamente reflete a segurança de todos os magistrados do Brasil”, declarou.
Fuzilar ministros
Ele citou algumas das ameaças e falas proferidas contra o STF: “Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF”, dita por uma advogada, e mensagens dizendo que iriam “fuzilar” os ministros em praça pública, ou atear fogo no Supremo com os ministros dentro. “Onde está a liberdade de expressão?”, questionou o ministro Moraes. “Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, completou.
O ministro Luís Roberto Barroso seguiu os demais colegas de Corte. Ele disse que o exercício da liberdade de expressão não é infração à lei penal. No entanto, ressaltou que é preciso não confundir com outros comportamentos. “Democracia não abre espaço para violência, ameaças e discursos de ódio”, afirmou.
A ministra Rosa Weber também votou pela continuidade do inquérito. Para ela, “ataques deliberados e destrutivos contra o Judiciário, às vezes com a pretensão de seu fechamento, revelam não só absoluto desapreço pela democracia, como também configuram crimes”, disse.
Logo depois, foi a vez do ministro Luiz Fux, que também votou pela constitucionalidade do inquérito das fake news. Para ele, a ação para interromper as investigações é “absolutamente inprocedente”.
Biombo para criminalidade
A ministra Cármen Lúcia também acompanhou o relator. Para ela, “liberdade de expressão é gênero de primeira necessidade na democracia, mas não pode ser biombo para criminalidade”. Cármen Lúcia explicou que não é parte deste inquérito a apuração de expressão livre do que se pensa, mas, sim, dos atos que atentam contra as instituições que garantem a liberdade.
Após novo intervalo, foi a vez do ministro Ricardo Lewandowski votar e, a exemplo dos demais magistrados, seguir o relator pela constitucionalidade do inquérito. Ele afirmou que os dispositivos questionados no caso “continuam hígidos e eficazes”. O ministro ressaltou que o objeto do inquérito se encontra bem delimitado.
O ministro Gilmar Mendes seguiu os outros colegas e votou pela validade do inquérito. Ele afirmou que a possibilidade da instauração da ação pelo STF é uma importante garantia para coibir atos que atentam contra o poder Judiciário, ainda mais no cenário atual.
“Não se trata de liberdade de expressão. O movimento orquestrado de robôs, recursos e pessoas para divulgar de forma sistemática ameaças ao STF, seus ministros e familiares passa longe da mera crítica ou manifestação de opinião. Trata-se de movimento organizado e orquestrado que busca atacar um dos poderes responsáveis pelas regras do jogo democrático”, disse.
Acesso da PGR
Logo após Fachin votar, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que tem como alvo bolsonaristas, políticos e empresários, pediu a palavra para esclarecer que o Ministério Público Federal teve acesso ao processo de investigação.
“Fiz uma comparação com outros inquéritos de minha relatoria. A média de manifestações é uma a cada 90 dias. Nesse inquérito, mesmo com o início, quando a procuradora-geral [Raquel Dodge] não se manifestava, a partir de Aras, a média de ciências e vistas é de 1,5 todos os meses. Ou seja, o MPF teve acesso integral”, afirmou .
PGR e AGU
Antes do primeiro voto, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que é necessário que a Corte estabeleça “balizas” antes de instaurar um processo como esse, mas não rejeitou o prosseguimento do inquérito. Ele pediu que o Ministério Público tenha a chance de se manifestar antes de novas investigações em relação às fake news. “Concordamos com o inquérito, porque queremos ter o direito de participar do inquérito”, declarou.
Quem seguiu posição semelhante foi o advogado-geral da União, José Levi de Mello. Embora tenha defendido a “não criminalização da liberdade de expressão ou da liberdade de imprensa na internet”, Levi avaliou que o regimento interno do STF efetivamente autoriza a criação desse tipo de inquérito. Mas, ressaltou: “Essa defesa não exclui a possibilidade de ponderações”.
Operação da PF
A operação da PF atingiu políticos, empresários e bolsonaristas, gerando um desconforto do chefe do Executivo com o Supremo. Segundo Moraes, o grupo investigado usou as redes sociais para atacar ministros e atingir a imagem do STF.
Entre os alvos da investigação, estão o jornalista Allan dos Santos, do site Terça Livre, e a bolsonarista Sara Winter, líder do acampamento 300 — grupo que tem gerado polêmica ao fazer manifestações antidemocráticas.
Depois da operação da semana passada, o procurador-geral da República pediu a suspensão do inquérito das fake news até que o plenário do STF se manifeste sobre qual seria o papel da PGR nas investigações. O pedido foi feito na ação da Rede — e, portanto, deve ser discutido também em plenário.
Em transmissão ao vivo, presidente ironizou o que chamou de “prisão espetaculosa” de Fabrício Queiroz, amigo e ex-assessor do filho Flávio
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (18/06) que a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, foi “espetaculosa” e que ele não estava foragido”.
“Deixar bem claro: não sou advogado do Queiroz e não estou envolvido nesse processo. Mas o Queiroz não estava foragido, né? Não havia nenhum mandado de prisão contra ele e foi feita uma prisão espetaculosa. Já deve estar no Rio de Janeiro, [sendo] assistido pelo advogado e que a Justiça siga o seu caminho. Mas parecia que tavam prendendo o maior bandido da face da Terra. Mas que a Justiça siga o seu caminho”, disse durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Durante a transmissão, Bolsonaro disse que foi avisado da operação pelo que chamou “de sistema de informação particular”.
O presidente da República ainda justificou as críticas à prisão de Queiroz, dizendo que, “tranquilamente, se tivessem pedido ao advogado, creio eu, acredito, o comparecimento dele em qualquer local, creio eu, ele teria comparecido”.
Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira, após a Justiça do Rio de Janeiro ter expedido, além do mandado de prisão, mandados de busca e apreensão, em um desdobramento da investigação que apura suposto esquema conhecido por “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
No esquema, funcionários, do então deputado estadual Flávio, devolviam parte do salário para que o dinheiro fosse lavado por meio de uma loja de chocolate e investimento em imóveis.
Queiroz estava em Atibaia (SP), na região do Vale do Paraíba, em um imóvel do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. Ele está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. No local, há uma central de audiência e de custódia.
A pavimentação da VC-371 e a implantação da ciclovia, em Santa Maria, começam esta semana. O trecho de 4 km, entre a BR-040/050 até a DF-290, liga o condomínio total Ville à cidade. A obra é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e vai custar R$ 6,7 milhões, sendo R$ 4 milhões de emenda parlamentar. O serviço deve ser finalizado no primeiro semestre deste ano.
O diretor do DER-DF, Fauzi Nacfur, lembra que a obra é uma demanda antiga da comunidade local. “São cerca de 20 a 25 mil pessoas que moram próximo ao trecho”, explica. A pavimentação do lugar irá beneficiar não só moradores da região, mas também motoristas que transitam pelas BR’s”, destaca.
A pavimentação e a ciclovia vão beneficiar cerca de 25 mil moradores que passam pela região. Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Nacfur ressalta o esforço do governo para dar continuidade às obras em meio da pandemia do novo coronavírus. “Sabemos que é um momento muito difícil na área da saúde, mas com todos os cuidados, dar prosseguimento às ações do GDF também é uma forma de gerar emprego e renda na capital”, reforça.
Ação
Nessa terça-feira (16), cerca de 40 funcionários de uma empresa privada – supervisionados pelo (DER-DF) – montaram o canteiro de obras e mobilizaram os equipamentos e máquinas. Também estão realizando o trabalho de topografia, estudo que fornece informações para o melhor funcionamento da obra. Após a pavimentação, serão feitos serviços de drenagem e sinalizações horizontal e vertical.
Síndica do condomínio Total Ville, Janina Valente, 39 anos, lembra que a obra é um pedido antigo dos moradores. “Há oito anos sofremos transtornos com esse trecho. Carros atolam na chuva, ônibus escolar que não passa, pessoas com doenças respiratórias, que adoecem ainda mais por causa da poeira”, reclama.
Além da dificuldade de locomoção, segundo Janina, a comunidade local também enfrenta dificuldade por conta do congestionamento de veículos, principalmente em horário de pico. “Como é muito difícil transitar por esse trecho, a gente acaba optando pela BR, o que gera um engarrafamento. Perdemos muito tempo no trânsito”, comenta.
Morador de Santa Maria, Francisco Antônio Rodrigues, 41 anos, elogia a ação do GDF, mesmo em tempos de pandemia. “A gente pensa que terão menos serviços, mas pelo contrário”, comemora. “Na época da chuva é muita lama e da seca, muita poeira. Com certeza essa obra nos trará a segurança e conforto que tanto pedimos”, disse o design.
GDF Presente
Este mês, o GDF Presente esteve em Santa Maria para realizar diversas ações na cidade. Em parceria com a administração regional, o programa instalou três quebra-molas na Quadra 214 e dois na 516, além de atuar na operação tapa-buraco. Cerca de dez toneladas de asfalto foram utilizadas para melhorar as vias da região. Os serviços incluem retirada de entulhos, pneus, móveis e galhos secos, além do trabalho de roçagem e revitalização da área rural, localizada na VC-365.
Em maio, Santa Maria também recebeu ações do programa Sanear Dengue para eliminar focos do Aedes Aegypti e conscientizar a população sobre a importância de exterminar possíveis criadouros do mosquito. Coordenado pela Vigilância Ambiental, o serviço contou com a participação de militares do Exército e do Corpo de Bombeiros, servidores do SLU e da administração regional.
Ativista é investigada por ofensas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e por envolvimento em ato que disparou fogos contra a Corte
A líder do grupo conhecido como “3oo do Brasil”, Sara Winter, presa temporariamente desde segunda-feira (15/06), foi transferida na tarde desta quarta-feira (17/06) da superintendência da Polícia Federal (PF) para a penitenciária feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.
A ativista foi detida em desdobramentos da Operação Lumus, que investiga atos antidemocráticos e ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato foi assinado pelo ministro Alexandre de Moraes. Sara é investigada pelo Ministério Público por ameaçar Moraes nas redes sociais. Ela disse que transformaria a vida do ministro em um “inferno” após ela ser incluída no inquérito das fake news.
e acordo com a defesa da ativista, Sara teria agido “pelo calor do momento” ao disparar contra Moraes. As ameaças foram feitas minutos após a chegada da PF na casa da bolsonarista, no cumprimento de um mandado de busca e apreensão no inquérito contra as fake news.
Nessa terça-feira (16/06) outros três integrantes do grupo liderado por Sara também foram presos. Eles estavam na mira da PF desde segunda-feira, e tiveram a prisão pedida junto à de Sara.
Na Colmeia, ela ficará em uma cela individual, “devido à grande exposição das últimas semanas”, informou uma fonte ligada à administração do presídio feminino.
Leia a íntegra da nota da defesa de Sara Winter:
Lamentavelmente Sara Winter foi transferida hoje da sede da Polícia Federal para o presídio feminino do Gama, conhecido como “Colmeia”, sem que seu Habeas Corpus fosse sequer apreciado. Em seu depoimento (15/06), Sara deixou claro que vem sofrendo ameaças de morte oriundas de dentro da penitenciária, sendo, inclusive, informado ao delegado responsável e através de petição à Ministra Relatora do HC impetrado, Carmem Lúcia, requerendo a análise urgente da medida liminar para sua imediata soltura, pois entendem que sua prisão é ilegal, arbitrária e política.
A defesa informa que até o presente momento não teve acesso sequer à decisão que motivou a prisão temporária, o que entendemos uma grave ofensa ao exercício da ampla defesa, previsto na Constituição Federal, e prerrogativas dos advogados constituídos. O HC foi impetrado no mesmo dia de sua prisão (15/06), mas, até o presente momento não houve qualquer decisão, o que causa absoluta estranheza pela demora.
A defesa está tomando todas as medidas cabíveis e necessárias para que o direito de Sara Winter seja respeitado, bem como às prerrogativas de seus defensores. Por fim, é relevante informar que apenas os advogados abaixo descritos estão habilitados na defesa de Sara Winter, e aduz-se alerta para pessoas que estão utilizando o nome de Sara Winter para realização de “vakinhas” virtuais, com viés arrecadatório, o que não possui qualquer ligação com mesma, e sequer por ela foi autorizado ou requerido.
Em oitiva, a bolsonarista ficou calada ao ser questionada sobre o motivo das ameaças e negou participação no ato que envolveu a queima de fogos em direção ao prédio do STF.
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