Em reunião com a diretoria da Fecomércio-DF nesta segunda-feira (27), o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador Waldir Leôncio, destacou que o público atendido pelo Judiciário é o mesmo que compõe a clientela do Sistema Fecomércio-DF – toda a população do Distrito Federal. Com isso, o magistrado defendeu o estreitamento da relação entre as duas instituições, colocando-se à disposição para discutir acordos de cooperação que resultem em projetos de interesse público e contribuam para o desenvolvimento socioeconômico da capital.
“Esta diretoria representa 242 mil empresas no Distrito Federal, responsáveis por gerar mais de 390 mil empregos”, afirmou o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire. “Esta é uma casa do comércio e do povo. O que temos feito aqui nos últimos quatro anos é reunir todos os poderes para que possamos caminhar juntos. Então, é uma honra e alegria recebê-lo”, declarou, ao dar as boas-vindas ao presidente do TJDFT.
Em sua fala, Waldir Leôncio elogiou a atuação da diretoria e reafirmou o compromisso institucional com o diálogo intersetorial. “Eu acredito que, assim como o TJDFT, a atuação da Fecomércio-DF alcança os três milhões de habitantes do DF. Essa convivência harmônica entre as instituições é fundamental para o desenvolvimento de todos. Estou à disposição para somar esforços, contribuir com ideias e participar de ações que fortaleçam essa entidade e, por consequência, o setor que ela representa”, destacou o desembargador.
Durante o encontro, Leôncio também destacou pautas importantes do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac e Instituto Fecomércio-DF, como a defesa da livre iniciativa, a qualificação da mão de obra e o apoio às micro e pequenas empresas. A importância de acompanhar as transformações de mercado, como a digitalização e a sustentabilidade, foi ressaltada como desafio constante para o setor produtivo.
Segurança pública
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar-DF), Jael Silva, trouxe à reunião a preocupação com os impactos do desencarceramento de presos em flagrante nos índices de criminalidade que afetam diretamente o comércio.
Segundo Jael, há casos de reincidência que preocupam empresários e a população em geral. “Conheço um caso em que a pessoa foi presa mais de 20 vezes e, na audiência de custódia, acaba solta. Isso afeta não só os empresários, mas toda a sociedade”, afirmou, ao defender uma revisão nos critérios dessas decisões.
O presidente do TJDFT complementou o depoimento de Jael Silva e destacou as lacunas existentes nos processos penais. “Infelizmente, o TJDFT não tem como solucionar esse problema, pois se trata de uma falha de política pública nacional, que está além do alcance do tribunal de Justiça”, explicou, referindo-se ao fato de que o juiz deve cumprir o que determina a lei, a qual, em determinados casos, orienta a soltura de detentos.
