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Profissionais e beneficiários relatam mais agilidade no atendimento com o novo Cadastro Único

Desde março, modernização do sistema tem facilitado a inserção de dados e os serviços nos postos de cadastramento em todo o país, com o preenchimento automático das informações das famílias na plataforma

O novo sistema do Cadastro Único vem mostrando os resultados práticos na vida dos profissionais da assistência social e de quem é beneficiário das políticas públicas. Há três meses, a migração para uma nova plataforma era encerrada. Com a modernização, o atendimento nos cerca de 9,5 mil postos de cadastramento espalhados pelo país, ficou mais rápido.
 

Agilidade no dia a dia de gestores, entrevistadores e do cidadão comprovada por quem integra ou é usuário do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Para o coordenador de gestão de benefícios da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Luiz Fernando Francisquini, o trabalho se tornou mais ágil com a chegada do novo sistema e as avaliações por parte dos entrevistadores são positivas.
 

Desde março, o preenchimento das informações das famílias é automático na plataforma, o que também ajuda a evitar erros na inserção dos dados. “Você digitar o CPF de um cidadão e você já ter acesso às informações preliminares de renda, educação ou qualquer outra que ajude a compor a família, melhora muito a entrevista e melhora a qualidade do dado”, afirmou Francisquini.

 


Com a reforma, quando o operador do sistema do Cadastro Único preenche o campo com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do beneficiário, os dados são processados com informações de diferentes bases do Governo Federal, como óbitos e nascimentos, Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), Receita Federal, Previdência Social, entre outros.
 

“O preenchimento automático das informações, com os dados da Receita Federal e outras bases, evita o erro na digitação dos nomes e da documentação das famílias. Um erro que atrapalhava bastante o acompanhamento das condicionalidades era a marcação incorreta do sexo e, agora, esse tipo de erro operacional foi sanado”, corroborou Caroline Almeida, coordenadora do Cadastro Único em Teresina.
 

Ela acrescentou que o formulário offline facilitou o atendimento em domicílio. “O novo sistema aumenta a capacidade produtiva do entrevistador”, atestou. A função offline é importante para a coleta de dados em áreas sem internet, por exemplo. Ao chegar na unidade de trabalho, o entrevistador social pode transferir os dados para o novo sistema, ao invés de ter que transcrever as respostas do formulário de papel.
 

Antes da implementação do novo sistema, os gestores e operadores do Cadastro Único, que trabalham nas unidades de atendimento da assistência social, receberam treinamentos para aprenderem a utilizar a nova plataforma. Em Belo Horizonte, gestores, técnicos e entrevistadores sociais dos 48 postos de cadastramentos realizaram o curso de capacitação.
 

Com a equipe preparada, Renê Santos Moreira, coordenador do Cadastro Único de Belo Horizonte, também constatou que “o tempo gasto no preenchimento e no atendimento diminuíram consideravelmente”.
 

Interoperabilidade
 

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), por meio da Secretaria de avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad), coordenou a reforma do sistema, que agora fica hospedado na Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).
 

Para o titular da Sagicad, Rafael Osório, o novo sistema foi criado com o objetivo de oferecer um serviço de qualidade ao cidadão, além de facilitar a vida das pessoas que operam e inserem os dados do Cadastro Único.
 

“A gente espera que isso seja uma coisa que redunde em qualidade de vida da população, para passar menos tempo lidando com o serviço e mais tempo desfrutando dos serviços e dos benefícios que o Cadastro Único pode trazer para todo mundo”, reforçou o secretário.

O operador Edson e a beneficiária Clivoneide relatam melhorias no serviço. Fotos: André Oliveira/ MDS

Uma das pessoas que vem se beneficiando com a modernização é Clivoneide Luciana da Conceição, moradora do Paranoá, região administrativa do Distrito Federal, e que recebe o Bolsa Família. “Quando eu tenho alguma dúvida, eu venho aqui também, pergunto para as meninas aqui no guichê, elas tiram a minha dúvida e me avisam quando vai vencer. Quando chega a data, eu volto e atualizo”, relatou.

Edson Gabriel Carvalho opera o sistema do posto de cadastramento do Paranoá, onde Clivoneide é atendida. Ele é responsável pelas entrevistas e afirma que as mudanças otimizam o tempo do atendimento.

“Antigamente, quando a gente precisava pesquisar informações sobre os usuários, a gente precisava abrir duas, três abas no computador para poder achar a informação. Hoje, com o CPF, a gente consegue puxar quase todas as informações dos usuários. Isso fez a gente ter um atendimento de mais qualidade, tempo de atendimento menor”, relatou o profissional do SUAS.

O sistema também conta com uma plataforma de gestão de riscos e monitoramento, com o objetivo de garantir eficiência e evitar fraudes cibernéticas e outros tipos de fraudes. O secretário Rafael Osório destacou que dentre tantas inovações, a principal é a interoperabilidade.

“O governo já tem uma porção de informações sobre as pessoas. Por exemplo, se você entra num emprego novo, formal, o empregador tem obrigações trabalhistas, previdenciárias. Ele tem um sistema do governo que ele usa para fazer o registro e o pagamento dessas obrigações. Então, eu não preciso perguntar para o cidadão se ele conseguiu um emprego formal. A gente já sabe disso. E a interoperabilidade traz isso”, detalhou.

A integração da base de dados facilita a vida das pessoas, que não necessitam ir ao posto de cadastramento para atualizar determinadas informações. “Pensa nesse cidadão que acabou de conseguir um emprego, ele provavelmente está trabalhando oito horas por dia, ele tem que se deslocar e não tem tempo para ir ao centro da assistência social para informar: ‘Olha, consegui um emprego, minha renda mudou’. Ele não precisa mais fazer isso”, concluiu Rafael Osório.

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