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Atentado a tiros contra alojamento reforça preocupação com a segurança dos auditores fiscais federais agropecuários

Mais um caso de violência no Mato Grosso expõe fragilidade dos profissionais da carreira

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) registrou mais um triste caso de violência contra profissionais da carreira, na cidade de Alta Floresta, localizada a 790 km de Cuiabá. Criminosos fizeram vários disparos contra o alojamento onde um funcionário do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e outro do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estavam hospedados. O crime aconteceu na madrugada de quarta-feira (8) e se soma a várias situações de intimidação e assédio, que mostram a fragilidade dos servidores públicos e a necessidade de investimentos do governo federal na melhoria das condições de trabalho e segurança dos auditores agropecuários.

Os profissionais da carreira são responsáveis pela fiscalização e inspeção de produtos de origem animal e vegetal junto ao setor produtivo. Suas atividades são cruciais para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos aos consumidores. No entanto, em razão de suas atividades, os servidores têm enfrentado uma série de ameaças e agressões, especialmente aqueles lotados no Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Há indícios de que o ataque em Alta Floresta possa ser uma retaliação ao trabalho desenvolvido pelos servidores nas fiscalizações agropecuárias. Agora, o caso será investigado pelas polícias civil e federal.

“Estamos profundamente preocupados com a escalada de violência contra os auditores fiscais federais agropecuários, que desempenham um papel crucial na garantia da segurança dos alimentos e na defesa da saúde pública. Esses profissionais são constantemente expostos a situações de risco enquanto cumprem seu dever de proteger os interesses da sociedade”, destacou presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo.

Denúncia

O caso se soma a diversos outros já encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) pelo Anffa Sindical. Em julho do ano passado, a entidade protocolou um documento que aponta detalhes sobre ameaças e ataques sofridos pelos auditores, juntamente com boletins de ocorrência e processos administrativos instaurados para reforçar a gravidade do problema. Agora, uma nova representação foi feita pela entidade.

Vale destacar que episódios semelhantes, com indícios de retaliações e até agressões contra fiscais devido ao exercício de suas funções, têm ocorrido com frequência. Exemplo disso, foi o tiroteio ocorrido em Colniza (MT), no dia 6 de dezembro de 2024, onde um sargento da Polícia Militar foi alvejado com 8 tiros, enquanto fazia a segurança de fiscais do Indea que realizavam a apreensão de um caminhão irregular.

“A necessidade de investimentos em segurança e em condições de trabalho adequadas é urgente e inadiável. É inadmissível que servidores públicos, comprometidos com o desenvolvimento do país, continuem sendo alvos de ameaças, intimidações e ataques. Reafirmamos nosso compromisso de lutar pela proteção da carreira e pelo fortalecimento de medidas que garantam a integridade física e emocional dos auditores”, afirmou Macedo.

O Anffa, assim que tomou conhecimento da situação, prontamente se colocou à disposição dos servidores envolvidos, oferecendo todo o apoio necessário. A entidade reafirma seus compromissos em auxiliar os filiados nas providências legais e no que for necessário para garantir a segurança e a integridade dos profissionais.

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