O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), disse hoje que a comissão que investiga o combate à pandemia do novo coronavírus no país não “dará em pizza”.
O político afirmou que é responsabilidade dos senadores darem uma resposta frente às quase 400 mil mortes pela doença no país.
“Não temos o direto de não dar satisfação aos órfãos que ficaram nessa CPI, a pais que perderam os filhos, a irmãos que se foram, a amigos que se foram. Seria uma falta de respeito com uma sociedade que hoje tem a covid em sua residência. Não é uma coisa longe, abstrata. Não está no outro lado da rua, não é uma pesquisa de segurança pública”, afirmou Aziz, em entrevista à CNN.
O senador afirmou que os trabalhos da CPI começam de fato amanhã, com a aprovação do plano de trabalho.
Ontem, a comissão foi instalada e elegeu Aziz como presidente. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi eleito para a vice-presidência e Renan Calheiros (MDB-AL) foi escolhido como relator.
Hoje, no final da tarde, a gente deve analisar todos os requerimentos. Alguns são semelhantesOmar Aziz
Quase 200 requerimentos em horas
Até o fim da noite de ontem, já haviam sido protocolados 173 requerimentos pelos senadores que compõem a CPI.
Aziz defendeu que a comissão faça um trabalho “bastante enxuto”, “prático” e de “fácil acessibilidade para que as pessoas que estejam participando e vendo tenham a noção do que está acontecendo”.
“Temos que ter também o discernimento de que se a gente for ouvir 150 pessoas ali, vamos passar 10 anos e a gente não termina uma CPI”, avisou.
O senador confirmou que os primeiros ouvidos na comissão serão todos os ministros da Saúde durante a pandemia, partindo do mais antigo, Henrique Mandetta, até o atual, Marcelo Queiroga.
Talvez a preocupação menor do povo brasileiro é que você ache culpados nesse momento (…) A preocupação é vacina, salvar vidas, não ter mais óbitos. Lógico que o papel da CPI é um papel investigativo e precisamos fazer o nosso papel (Omar Aziz)
Fonte: UOL