Obras com acompanhamento em tempo real

Ferramenta adquirida pelo GDF dá transparência, melhora eficiência de projetos e reduz custos. Investimento é de quase R$ 5 milhões

Acordo assinado: uso da metodologia BIM será obrigatório em projetos e construções brasileiras | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

Uma ferramenta tecnológica vai reunir, no mesmo lugar e em tempo real, todas as informações de construções de obras públicas da capital. Nesta segunda-feira (14), o governador Ibaneis Rocha e os secretários de Obras e Infraestrutura, Luciano Carvalho, e o de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira Filho, assinaram o contrato para a implementação da Building Information Modeling (BIM) – na tradução para o português, Modelagem de Informações de Construção. A metodologia vai permitir, por exemplo, o acompanhamento integrado de construção e execução de serviços no instante da execução.

O investimento é de R$ 4.990.075,45, proveniente do Programa de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Procidades). O montante será utilizado na compra de equipamentos (servidores e estações de trabalho, por exemplo), na aquisição de solução de software e na contratação de consultoria especializada para treinamento de servidores.

“PODEMOS ACOMPANHAR PASSO A PASSO O PROJETO, COM MAIS PRECISÃO, CONHECER BEM O PROJETO ANTES DE PARTIR PARA EXECUÇÃO. É TECNOLOGIA DE ÚLTIMA GERAÇÃO PARA LEVAR O DF PARA O FUTURO QUE A GENTE BUSCA”IBANEIS ROCHA, GOVERNADOR DO DF

Luciano Carvalho explica que, com a metodologia, será possível acompanhar a construção de anteprojetos, a simulação de construções, cronogramas, orçamentos, a elaboração de projetos básicos e executivos, além da documentação para a contratação e execução de uma obra. “Podemos localizar os gargalos e corrigi-los antes mesmo de a obra sair do papel. Dessa forma, faremos projetos melhores com orçamentos ainda mais precisos. Isso pode evitar a necessidade de aditivos contratuais”, ressalta.

Ele informa que, a partir do ano que vem, o uso da metodologia BIM será obrigatório em projetos e construções brasileiras. “O governo local se antecipou e conseguiu implementar essa importante ferramenta ainda neste ano. Apesar do investimento inicial aparentemente alto, o uso dessa tecnologia reduz significativamente os custos da obra”, reforça o secretário de Obras.

“PODEMOS LOCALIZAR OS GARGALOS E CORRIGI-LOS ANTES MESMO DE A OBRA SAIR DO PAPEL. DESSA FORMA, FAREMOS PROJETOS MELHORES COM ORÇAMENTOS AINDA MAIS PRECISOS”LUCIANO CARVALHO, SECRETÁRIO DE OBRAS E INFRAESTRUTURA

O chefe do Executivo local destaca que a ferramenta será também uma grande aliada na transparência. “Podemos acompanhar passo a passo o projeto, com mais precisão. Vamos conhecer bem o projeto antes de partir para execução. Assim teremos mais controle da obra desde a sua concepção até os pagamentos e a entrega. É tecnologia de última geração para levar o DF para o futuro que a gente busca, com desenvolvimento e geração de emprego e renda”, destaca Ibaneis Rocha.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira Filho, lembra a implementação da tecnologia só foi possível graças à integração de vários órgãos do GDF. “Esse contrato é mais uma iniciativa que demonstra a união do poder Executivo local. Além de proporcionar uma gestão mais eficiente, o BIM é uma ferramenta tecnológica que traz mais segurança para o desenvolvimento sustentável do DF”, ressalta o titular da pasta.

Entenda

O BIM é uma ferramenta norte-americana capaz de compilar, no mesmo ambiente, todas as informações de uma construção de forma integrada e organizada. Esse conjunto de dados vai desde o modelo da obra que se pretende erguer até seu orçamento. Ou seja, acompanha todo o ciclo de vida de uma obra. A tecnologia permite, entre outras ações, a criação de modelos virtuais precisos de um empreendimento, de modo a oferecer informações detalhadas de cada parte de um projeto e possibilitar melhor análise e controle.

“O uso dessa metodologia vai trazer inúmeros benefícios, uma vez que vai nos permitir simular, por exemplo, a construção de um viaduto. Com o BIM poderemos fazer diversas simulações e entender o comportamento da obra antes mesmo de sua construção ter sido iniciada”, pontua a subsecretária de Projetos, Orçamentos e Planejamento de Obras, Ery Brandi.

* Com informações das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Obras

Fonte: Agência Brasília

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