Bolsonaro convida Temer, filho de libaneses, para liderar ajuda a Beirute

Por Hanrrikson de Andrade e Nathan Lopes

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje ter convidado o ex-presidente Michel Temer (MDB), filho de libaneses, para chefiar a missão humanitária do Brasil em Beirute.

A cidade atravessa momento de reconstrução depois que uma explosão de grandes proporções destruiu boa parte de sua região portuária, na última sexta-feira (7). O trágico incidente é sucedido de manifestações de rua contra a corrupção no país. Movimentos populares reivindicam a antecipação das eleições.

Bolsonaro revelou o convite a Temer durante videoconferência organizada pela França e pela ONU (Organização das Nações Unidas) com líderes mundiais para discutir a situação do Líbano.

Em nota, Temer disse estar “honrado com o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano”. “Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa.

Envio de ajuda

O presidente afirmou ainda que o Brasil irá enviar medicamentos, insumos médicos e alimentos ao Líbano, além de uma equipe de perícia para ajudar nas investigações sobre o incidente na capital libanesa.

“O Brasil é lar da maior diáspora libanesa do mundo”, disse ele. “Por essa razão, tudo que afeta ao Líbano nos afeta como se fosse o próprio lar e a própria pátria.”

Segundo Bolsonaro, “nos próximos dias”, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) irá enviar os medicamentos e insumos “reunidos pela comunidade libanesa radicada no Brasil”. Por via marítima, serão enviadas 4.000 toneladas de arroz “para atenuar a perda de estoques de cereais destruídos nas explosões”.

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da França, Emmanuel Macron, também participaram da conferência.

O presidente do Líbano, Michel Aoun, também participou da reunião. Ele disse que o país precisa de itens para a reconstrução da área portuária de Beirute e de alimentos.

O país tem registrado protestos em razão da situação política e humanitária no país. Segundo Aoun, ele assumiu o compromisso de “alcançar a Justiça” nas investigações sobre as explosões. “Uma vez que somente a Justiça pode propiciar algum nível de conforto às pessoas e vítimas afetadas e a todo cidadão libanês”, disse.

“E também me comprometi a todo cidadão libanês que ninguém está acima da lei e que toda pessoa cuja participação ficar comprovada será responsabilizada em conformidade com a legislação libanesa vigente”, completou.

Fonte: Uol.com.br

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