Por Bruna Aidar
Peças apontam ação de hackers em grupos de Facebook para beneficiar o presidente e seu vice, general Hamilton Mourão
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai julgar na próxima terça-feira (03/06) duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que pedem a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem como vice o general Hamilton Mourão (PRTB).
Ambas as peças, apresentadas pelos também candidatos naquela eleição Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSol) e apontam ação de hackers em grupos de Facebook para beneficiar os dois nas eleições de 2018.
As ações foram feitas contra a página “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que foi invadida e teve seu conteúdo alterado para parecer ser de apoio ao atual presidente.
Em seguida à invasão, o próprio Bolsonaro publicou, em seu Twitter, uma mensagem de agradecimento ao “apoio”, com uma imagem do grupo adulterado. Para eles, isso seria indício de que ele tinha conhecimento da invasão.
No ano passado, já houve manifestação do ministro Og Fernandes pelo arquivamento, mas o ministro Edson Fachin pediu vistas e o julgamento foi retomado.
O relator sustentou, no seu parecer, que não há provas concretas do envolvimento de Bolsonaro no caso e que tampouco haveria como dizer que as invasões, que duraram menos de 24 horas, tiveram efeito crucial no resultado das eleições.
Juntada ao inqúerito
Na última sexta-feira (29/05), Fernandes abriu prazo de três dias para que os dois envolvidos se manifestassem quanto a pedido do PT para que os dados do inquérito que apontam ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sejam juntados às Aijes.
Fonte: Metrópoles.com