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Caiado inaugura Complexo Oncológico Cora, hospital referência no combate ao câncer infantil no Brasil

Hospital iniciou as atividades em junho deste ano e já atendeu mais de 100 crianças e adolescentes

O governador Ronaldo Caiado inaugura nesta quinta-feira (25/09) o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), o primeiro hospital estadual inteiramente dedicado ao tratamento do câncer e um marco na saúde pública do país. Com investimento total que supera R$ 255 milhões totalmente custeados pelo Governo de Goiás, o Cora possui capacidade de realizar 1,5 mil atendimentos por mês, entre pronto-socorro, consultas médicas e multiprofissionais, e sessões de quimioterapia.

“Nós vamos salvar vidas de crianças que não têm onde ser tratadas. É o maior projeto do nosso governo. Não tem nenhum hospital privado no país que dá as mesmas condições de atendimento e procedimentos que estamos dando às crianças, via SUS [Sistema Único de Saúde]. Isso é inédito”, afirmou o governador Ronaldo Caiado.

Localizado em Goiânia, o Cora foi construído seguindo os padrões do renomado Hospital de Amor de Barretos (SP), referência internacional em oncologia. Com um investimento de R$ 192,7 milhões em obras e R$ 63,2 milhões em equipamentos, o complexo possui mais de 44 mil metros quadrados de área construída.
 


Atualmente são 60 leitos (48 de internação e 12 de observação), com previsão de expansão para 148 leitos, UTI pediátrica, centro para quimioterapia, cirurgias de alta complexidade e uma unidade de transplante de medula óssea. O Cora é uma das maiores estruturas oncológicas do país.

O Cora já demonstra resultados expressivos mesmo antes da cerimônia oficial de inauguração. Desde 9 de junho de 2025, quando iniciou suas atividades, a unidade já atendeu 119 casos novos e diagnosticou 81 casos oncológicos (37 casos onco-hematológicos, 20 casos onco-neurológicos e 24 casos de oncologia) que já iniciaram o tratamento contra o câncer. Com capacidade para acolher em média 300 novos casos por ano, o hospital já realizou mais de 1,4 mil consultas médicas e multidisciplinares, 181 internações em enfermaria e UTI e 853 manipulações de quimioterapia em 104 sessões do tratamento. A previsão é que o custeio mensal seja de R$ 6,8 milhões.

A gestão é conduzida pela Fundação Pio XII, mesma mantenedora do Hospital de Amor, em parceria com o Estado de Goiás. A colaboração entre setor público e terceiro setor garante eficiência e qualidade no atendimento, sempre com transparência e acompanhamento dos órgãos de controle.

Amor como diferencial

O diferencial do Cora, no entanto, vai além dos números. A arquitetura foge do padrão hospitalar tradicional, com ambientes lúdicos, cores vivas e iluminação natural, buscando preservar a infância dos pequenos pacientes. O complexo dispõe de brinquedoteca, áreas de convivência e suítes equipadas para acompanhantes, promovendo conforto e bem-estar. A equipe de 275 profissionais foi capacitada no Hospital de Amor e segue as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), garantindo um atendimento afetuoso e empático.

O hospital está equipado com o que há de mais moderno na medicina. Entre os destaques estão um aparelho de Ressonância Magnética 1,5T com inteligência artificial para diagnósticos precisos, robôs para reabilitação de membros superiores e da marcha, como o Lokomat e o Armeo Power, e um avançado setor de Transplante de Medula Óssea com sistema de filtragem de ar e leitos com monitoramento contínuo.
 

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O acesso aos serviços é feito pelo Complexo Regulador Estadual, atendendo crianças e adolescentes de 0 a 17 anos com suspeita ou diagnóstico de câncer, além de jovens de até 23 anos com tipos específicos de câncer ósseo. Para ser encaminhado, não é necessário que o paciente já tenha um diagnóstico confirmado, garantindo agilidade no início do tratamento.

Impacto na saúde pública estadual

Os dados do câncer infantojuvenil em Goiás revelam a urgência que o Cora vem atender. Entre 2022 e 2023, foram registrados 723 novos casos e 228 óbitos na faixa etária. Em 2024, os números preliminares apontam 530 casos e 190 óbitos. O câncer representa a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes no Brasil, apesar de corresponder a apenas 2% a 3% de todos os tipos da doença.

Atualmente, 25 crianças já recebem tratamento contra leucemia na unidade, evitando deslocamentos para outros estados.

Estrutura de apoio ampliada

O projeto do Cora vai além das instalações hospitalares. Duas casas de apoio estão sendo construídas para acolher famílias durante o tratamento. O “Lar dos Artistas do Amor”, que recebeu doação de R$ 1 milhão do DJ Alok e apoio de diversos artistas sertanejos, terá 20 apartamentos e infraestrutura completa. Já a Casa Ronald McDonald será a maior da América do Sul, com investimento de R$ 22 milhões e 22 apartamentos.


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Da Redação