A Secretaria de Saúde apresentou o Plano Distrital de Vacinação 2021 contra a Covid-19 no Palácio do Buriti em entrevista coletiva na manhã desta sexta (18). Ficou claro que a meta da campanha de vacinação é voltada para toda a população. Na fase inicial serão vacinadas as pessoas acima de 75 anos, com uma população menor, somadas aos trabalhadores de Saúde, comunidades quilombolas e ribeirinhas.
Por Josiel Ferreira
A distribuição das vacinas será realizada de acordo com o perfil epidemiológico de cada região de Saúde. Quanto às salas de vacinação disponíveis estão espalhadas pelas Unidades Básicas de Saúde. O que, segundo a secretaria, proporcionarão cobertura de 100% do Distrito Federal.
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e equipe divulgaram o plano programado para o ano de 2021. Inicialmente, ele destacou que o Governo do Distrito Federal está pronto para atender toda a população mediante organização através dos grupos prioritários.
Okumoto explicou que em sintonia com a determinação do Ministério da Saúde, na divulgação do Plano Nacional, foram estipulados os grupos prioritários da campanha. Conforme a demanda enviada pelos estados, o Ministério envia o número de doses suficientes para que aquele grupo prioritário seja atendido na data determinada.
Além disso, o secretário esclareceu que em todas as reuniões sempre a secretaria entendeu que na imunização o Ministério da Saúde é o órgão responsável pela determinação das políticas de imunização no país. Dessa forma, possui recursos suficientes para aquisição dessas vacinas e de insumos os quais serão distribuídos para o país.
O secretário explicou também que coube ao Distrito Federal e aos demais estados elaborarem seus planos para que possam, então, viabilizar como será feita essa vacinação. Segundo ele, serão registrados todos os dados dos pacientes, com vigilância, de todas as questões relacionadas à vacina que será administrada no DF.
“Essa divulgação é muito importante para que a população fique tranquila em relação à nossa organização ao fornecimento dessas vacinas, em relação aos serviços prestados pelos nossos colegas de trabalho em cada uma das salas de vacinação”, enfatizou o secretário.
Quem será vacinado não tem às vezes o conhecimento do que está por trás da injeção que contém a dose salvadora da vacina. Não é simples, porque há uma logística muito importante.
“Há todo um processo de armazenamento, de transporte, que temos essa capacidade de agora estar nesse momento divulgando”, ressaltou ele.
O plano havia sido elaborado há muito tempo, segundo o secretário. As vacinas que há no momento são AstraZenica, Pfizer, CoronaVac e do consórcio Covax Facility – consórcio mundial que visa impulsionar o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, co-liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “São essas vacinas que estão em testes e que estão já encaminhando suas documentações para a Anvisa após a terceira fase para análise e para a liberação.”
Okumoto realçou ser muito importante que seja possível definir o trabalho atual e também que todos possam conhecer e tirar as dúvidas. Em seguida ao seu pronunciamento, Okumoto exibiu slides para mostrar os equipamentos e instrumentos utilizados no processo de imunização.
Cadeia de Frios
Ele iniciou com a apresentação de fotos da cadeia de Frios onde são colocadas as vacinas, local de estoque das vacinas, demonstrando que, ao contrário do que acontecia antigamente, as pessoas tinham dificuldade para abrir a embalagem, agora são de fácil fratura. Elas quebram muito tranquilamente. Foi exposto a fragilidade dos frascos que são de vidro.
Também o secretário exibiu imagem da caixa dura com termômetro acoplado, devidamente acondicionado. As vacinas são transportadas da central de frios onde é feito o armazenamento para as salas de vacinação. Onde se encontram as câmaras de conservação de vacinas. São todas próprias e apresentam medidor de temperaturas, que são aferidas de acordo com o que é preconizado pela Anvisa. Para que se tenha a certeza do armazenamento correto.
“Quer seja lá no local de estoque, no transporte para todo os estados e DF que participam do calendário normal de vacinação, da rotina das salas de vacinação fazem (o trabalho). O pessoal que trabalha nas salas são devidamente treinados e retreinados, de acordo a necessidade, tipo de vacina, quantitativo, diluente que vai ser utilizado e também será agregado ao nosso pessoal parceiros que são muito importantes, de divulgação, na organização da estratégia de vacinação, que possam ajudar no transporte desses insumos”, complementou o secretário.
Seringas
Okumoto detalhou também que os insumos se traduzem na quantidade de seringas para a imunização, aliadas aos 330 milhões de vacinas que o Ministério da Saúde divulgou esta comprando. Até a logística de compra de seringas, muito questionada anteriormente, foi descoberto que o Brasil hoje é autossuficiente em 70% das seringas, sendo 30% importado.
A questão chegou a preocupar o secretário, o que provocou a ida ao Ministério da Saúde porque em 2018, quando ele trabalhava na pasta eram necessárias as seringas para a vacinação da Febre Amarela, com vacinas fracionadas.
“Conseguimos comprar no mercado internacional e atender toda a população. Desta vez, o quantitativo será muito maior. Estamos falando de uma nova vacina, de uma vacinação em massa da população e a informação de atendimento do mercado de 70% foi tranquilizadora. Estamos confortáveis em relação à informação do Ministério da Saúde.”
O secretário garantiu que as seringas em estoque são suficientes para a campanha de imunização. “Todo o material e as fases de estocagem, transporte e armazenagem estão prontos”, frisou.
Regiões de Saúde
A organização por regiões contempla grande quantidade de salas e população e foi produzida pelos superintendentes de Saúde, responsáveis pelas regiões trabalhando juntamente com a administração central na elaboração e execução desse plano brevemente.
O coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick, foi incumbido por Okumoto a dar os detalhes do processo de distribuição da vacina, por meio das regiões de saúde. Com o perfil epidemiológico respectivo, a estratégia reflete a estrutura de saúde existente, vinculada às salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde. São oito redes Frios regionais. As operações estratégicas acontecerão em 169 salas.
“Teremos uma fase por pulso pelos grupos prioritários. A população de Brasília é preponderantemente jovem. O forte da vacinação que exigirá mais da capacidade de resposta é na fase do adulto jovem. E as parcerias públicas ou privadas serão contempladas de acordo com a necessidade do nosso serviço”, destacou Erick.
Salas darão cobertura 100% do DF
Há, por exemplo, 22 salas de vacina na Região de Saúde Sul. Santa Maria e Gama há uma população que ainda tem tendência. Ele mostrou um gráfico que é faixa etária e a base é o percentual da população. Em outro, há uma região administrativa dividida com intensidades de salas de vacinação. As salas de vacinação irão cobrir 100% do DF. E, ainda, serão mais densas de acordo com o perfil epidemiológico daquela região administrativa.
A população estimada é de 272.959 em duas regiões. A meta da campanha de vacinação é voltada para toda a população. Na fase inicial serão vacinadas as pessoas acima de 75 anos, com uma população menor, somadas aos trabalhadores de Saúde, comunidades quilombolas e ribeirinhas.
Participantes
Além do secretário Osnei Okumoto estiveram presentes o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, o sub-secretário de Vigilância à Saúde Divino Valero Martins, a sub-secretária de Assistência Integral à Saúde substituta, Arilene de Sousa Luís; o coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Eric e a chefe do Núcleo de Rede de Frio da Secretaria da Saúde, Tereza Luíza Pereira.
Fonte: Tudo Ok Noticias