Dúvidas sobre a vacinação? GDF responde

Saiba como proceder durante a campanha de prevenção à covid-19. Confira os esclarecimentos da Saúde apresentados na coletiva desta quinta (6)

“Houve um apelo grande para que conseguíssemos as vacinas. Hoje as temos, mas sentimos uma procura aquém do esperado”, pontuou o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Se você agendou uma vacinação, perdeu a marcação e não sabe o que fazer, fique tranquilo. A sua vacina estará garantida, de acordo com a Secretaria de Saúde. Essa e outras dúvidas, que estão surgindo durante a campanha de imunização da covid-19, foram esclarecidas nessa quinta-feira (6), em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti.

Durante o encontro com jornalistas, transmitido pelas redes sociais da Agência Brasília, os secretários Osnei Okumoto (Saúde), Gustavo Rocha (Casa Civil) e Weligton Moraes (Comunicação) anunciaram a abertura do hospital de campanha do Gama, com 100 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI),  nesta sexta-feira (7).

Também comentaram a chegada de 50 mil novas doses de vacina da fabricante Oxford/AstraZeneca, e da baixa procura por vacina entre os cidadãos de grupos para quem o imunizante já está liberado.

De acordo com Gustavo Rocha, 80% da população entre 60 e 64 anos já tomou a primeira dose no Distrito Federal. Esse percentual, porém, cai para 36% quando o recorte inclui apenas as pessoas com 60 e 61 anos – que é o último grupo por faixa etária atendido.

“As duas marcas de vacinas disponíveis são confiáveis e não há razão para escolha de fabricantes”Osnei Okumoto, secretário de Saúde do Distrito Federal

Entre os comórbidos, a procura também tem sido menor do que o previsto pelas autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF). Estima-se que no DF tenham 390 mil pessoas com doenças catalogadas como prioridades para receber a vacina. Até o início da coletiva, apenas 122.215 haviam se cadastrado para receber a primeira dose, 24.221 fizeram o agendamento e 8.885 foram vacinadas.

“Houve um apelo grande para que conseguíssemos as vacinas. Hoje as temos, mas sentimos uma procura aquém do esperado”, alertou o secretário da Casa Civil, para quem é fundamental que as pessoas liberadas para vacinação procurem os postos de saúde. “As duas marcas de vacinas disponíveis são confiáveis e não há razão para escolha de fabricantes”, completou Okumoto, sobre a resistência à AstraZeneca.

Algumas dúvidas estão surgindo entre a população na hora de agendar a vacina. O secretário de Saúde esclareceu algumas delas. Confira as principais:

Errei um dado no cadastramento. Como corrigir?
Pessoas com comorbidades que erraram alguma informação na hora de fazer o cadastro podem corrigi-la a partir desta sexta-feira (7). No site vacina.saude.df.gov.br, uma tela de correção está disponível para possíveis alterações no cadastro. É preciso ter em mãos os números do CPF e do código de cadastramento. Só vale para quem não marcou a data de receber a vacina. O erro de dados vinha impedindo que as pessoas prosseguissem no agendamento da vacinação.

Tenho mais de uma comorbidade, mas não consigo marcar todas. Qual devo escolher?
Marcar todas as doenças que tiver não vai priorizar a ordem de receber a vacina. Opte por registrar a que considera mais crítica. Quem não for atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sim pela rede particular, deve apresentar um relatório médico que comprove a informação.

Não levei a impressão do agendamento na hora de me vacinar. E agora?
O comprovante é necessário para comprovar a marcação que vem com data, hora e local de vacinação. O ideal é que ele seja entregue impresso no momento do atendimento. Mas quem não conseguir apresentá-lo em papel poderá fazer um print do agendamento na tela do celular como comprovante. Isso garantirá, inclusive, o direito à segunda dose.

Posso entregar uma cópia do relatório médico particular ou apresentá-lo pelo celular?
Não. Neste caso é exigida a entrega do laudo original, com no máximo 6 meses de emissão. Resultados de exames também não servem como comprovação, já que na maioria dos postos a aplicação é feita por um técnico de enfermagem, que não está apto a fazer a análise desses comprovantes.

Sou alérgico a alguns componentes químicos. Posso tomar a vacina?
Todas as vacinas disponíveis para aplicação no Brasil têm na sua bula quais as contraindicações. As hipersensibilidades são indicadas nas vacinas, assim como nos medicamentos. É preciso saber quais as suas e indicá-las ao técnico antes da aplicação.

Qual o índice avaliado como obesidade mórbida para que a pessoa seja incluída na relação de comorbidades?
Todo cidadão que tiver o índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 40 está indicado para receber a vacina no grupo prioritário. Neste caso, é necessário um laudo médico para comprovação.

Fiz um agendamento, mas tive um imprevisto e não consegui comparecer ao posto no dia e horário marcados. Perdi a chance de ser vacinado?
Não. Neste caso, basta comparecer à mesma unidade de saúde indicada com um documento e o comprovante de agendamento no dia seguinte da marcação.

Me senti mal após tomar a vacina. Devo procurar um atendimento médico?
Dores no local de aplicação e mal-estar como dores de cabeça ou febre são alguns dos sintomas registrados em alguns pacientes nas primeiras 24 horas depois da aplicação. Indisposições mais graves e constantes devem ser comunicadas na unidade de aplicação para que o Ministério da Saúde seja informado e acione o laboratório de fabricação.

Quero tomar a vacina influenza contra a gripe, mas estou próximo do grupo a ser chamado na campanha contra a covid. Posso tomar as duas no mesmo período?
Não. É preciso de um intervalo mínimo de 15 dias entre uma vacina e outra. Comunique ao aplicador na hora da vacinação. Na dúvida entre qual tomar primeiro, escolha o imunizante contra a doença que oferece mais risco de complicações – no caso, a que combate o coronavírus.

Fonte: Agência Brasília

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