Por Rebeca Luisy
Quando chega a eleição, adversários históricos podem apertar ou melhor, encostar os cotovelos em cumprimento pandêmico e fazer alianças inimagináveis, de quando em vez.
Viajando de volta para o passado, nas eleições de 2016 e 2018, o ex-vereador de Valparaíso de Goiás, Afrânio Pimentel, foi um ferrenho adversário da ex-prefeita e deputada estadual Lêda Borges (PSDB-GO).
Quem lembra que na campanha passada para deputado estadual, por exemplo, Afrânio atacou o filho da deputada, Marco Túlio de Moura Faria, que ocupava o cargo de diretor na Saneago, onde recebia mensalmente R$ 46.593,00, durante o governo Marconi Perillo?
Antes, como vereador, Pimentel soltou a sua artilharia contra o ex-secretário de Saúde do município, Francisco de Carvalho Martins, se referindo ao vídeo onde o marido de Lêda recebia valores em espécie na antesala do gabinete da então prefeita. Agora, o ex-vereador está na coligação da tucana.
Na disputa para a vaga de prefeito de Valparaíso, há dois projetos estão em jogo. Apesar da dívida estratosférica legada por Lucimar Nascimento (PT) e a crise do Covid-19, Pábio conseguiu implementar um projeto de governo. Se for reeleito, dará continuidade.
Já Lêda não tem projeto de governo, mas de poder, até porque o projeto que tinha foi rejeitado nas urnas em 2012.
Perdendo politicamente
A ex-prefeita quer voltar ao cargo apenas por sobrevivência política, em nome da tentativa de ressuscitar o “marconismo”.
Com Ronaldo Caiado no Palácio das Esmeraldas, a deputada perdeu os cargos que tinha no governo goiano, fora o poder de influência na Assembleia Legislativa.
Restou agora se candidatar à função que exerceu durante os anos de 2009 a 2013, da qual foi condenada em primeira instância este ano por corrupção.