Da Redação
A nova Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) trouxe uma novidade importante: a inclusão expressa das pequenas e médias empresas (PMEs) como prioridade de proteção e capacitação digital. A medida é vista como um avanço na inclusão digital e na proteção de segmentos que antes estavam vulneráveis a ataques, fraudes e vazamentos de dados.
De acordo com levantamento da Fecomércio-SP, o número de ataques cibernéticos a pequenos negócios cresceu 40% em 12 meses. Com orçamentos reduzidos e pouca capacitação técnica, as PMEs se tornaram alvo fácil de golpistas. A E-Ciber propõe ações como suporte técnico gratuito, capacitação e acesso facilitado a soluções de baixo custo em segurança digital.
“Não podemos permitir que o pequeno empresário brasileiro seja deixado à própria sorte no mundo digital. Essa política é também um gesto de justiça econômica”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Digital, Carla Lima.
O plano também prevê a criação de polos regionais de apoio tecnológico para microempresas, em parceria com Sebrae, universidades e entidades comerciais. O objetivo é descentralizar o conhecimento e garantir que empresas de todos os portes tenham acesso às ferramentas de proteção.
Para empresários como João Furtado, dono de uma loja de autopeças no interior de São Paulo, a medida é um alívio: “Já fui vítima de fraude bancária. Agora, saber que o governo está olhando por nós é um alento”, disse. A expectativa é que o programa comece a ser implementado no segundo semestre de 2025.