spot_img
InícioEconomiaApenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração no Brasil, avalia VP...

Apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração no Brasil, avalia VP da Abralog

As empresas familiares dominam a economia brasileira: representam cerca de 90% dos negócios, geram 65% do PIB e 75% dos empregos privados, segundo dados do Sebrae e IBGE. Contudo, atravessar gerações é um desafio: segundo a PwC, apenas 30% chegam à segunda geração; 12% sobrevivem até a terceira e menos de 3% alcançam a quarta geração.

Nos últimos 20 anos, a equipe do Dessimoni & Blanco Advogados, em São Paulo (SP), atendeu cerca de 3 mil empresas familiares de diversos setores. “Posso afirmar que cerca de 25 a 30%% das empresas familiares chegaram à segunda geração, explica o fundador, Alessandro Dessimoni, advogado com 30 anos de carreira e especialista em governança corporativa, reestruturação societária e planejamento sucessório, nos segmentos do varejo, atacado, logística e transporte, que também atua como VP jurídico da Associação Brasileira de Logística (Abralog).

Dessimoni alerta que as empresas familiares são a espinha dorsal da economia, sua sobrevivência é mais do que um desafio, é uma missão para o futuro do País. “É preciso capacitar os nossos profissionais com visão estratégica, estrutura de governança e maturidade emocional”.

As principais causas de fracasso são conhecidas: ausência de planejamento sucessório (IBGC), conflitos familiares, resistência à profissionalização e falta de governança estruturada. Não à toa, empresas que adotam conselhos de administração profissionalizados conseguem dobrar sua expectativa de longevidade — um salto observado em 45% dos casos (PwC, 2023).

No Brasil, a taxa de mortalidade é ainda mais acentuada: levantamento da Fundação Dom Cabral (2022) aponta que 70% das empresas familiares não passam da primeira sucessão. Internacionalmente, a tendência é semelhante: estudo da KPMG (2021) mostra que apenas 13% das empresas familiares globais ultrapassam a terceira geração.

Alessandro Dessimoni é coordenador do comitê ESG da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados) e sócio fundador da Dessimoni & Blanco Advogados. Possui quase 30 anos de carreira e especialista em direito tributário nos segmentos do varejo, atacado, logística e transporte. Atualmente, também é conselheiro de administração formado pelo IBGC e vice-presidente jurídico da Abralog (Associação Brasileira de Logística). Atua como consultor jurídico e coordena o Comitê Agenda Política da Associação Brasileira de Atacadistas Distribuidores (ABAD).

DISTRITO FEDERAL
- Advertisment -spot_img
- Advertisment -

Da Redação