Afirmação de Hélvia Paranaguá sobre impacto de alunos com TEA na falta de vagas escolares provoca críticas de entidades e famílias.
A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, causou polêmica ao afirmar, em entrevista ao DFTV na última terça-feira (7), que o aumento de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) estaria contribuindo para a falta de vagas na rede pública de ensino. Segundo Paranaguá, a legislação de inclusão exige que turmas destinadas a esses estudantes sejam menores, o que impacta a capacidade de atendimento das escolas.
A declaração gerou indignação de entidades como o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), que criticaram a falta de investimentos na construção de novas escolas e o despreparo da gestão para lidar com a crescente demanda. Regiões como Paranoá e São Sebastião sofrem ainda mais com o aumento populacional e a escassez de vagas.
Famílias de alunos com TEA também reagiram às falas da secretária, ressaltando a carência de monitores especializados para o atendimento desses estudantes. A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) assegura o direito à educação inclusiva e obriga o Estado a oferecer as condições adequadas de acesso e permanência.
Especialistas reforçam que o problema deve ser resolvido com planejamento e investimentos. “É preciso ampliar a rede de ensino e contratar profissionais capacitados, garantindo o direito à educação para todos, sem retrocessos na inclusão”, destacam.
